Mais um oito de março se aproxima e pontualmente, mulheres que dedicaram sua vida à luta pela igualdade de direitos, pelo reconhecimento social e profissional são relembradas e saudadas em diversos eventos, para infelizmente serem esquecidas por mais longos 364 dias. Assim, a data que é dedicada à memória das 129 mulheres carbonizadas numa fábrica têxtil dos Estados Unidos, é vista como mais um agendamento midiático que no dia nove já não faz mais efeito.
Com o intuito de não abordar a data como um fato eventual, o Centro Acadêmico de Comunicação Social em parceria com o Diretório Acadêmico de Pedagogia, propõe um debate sobre a situação da mulher no contexto de sociedade atual, com o tema: Construção Social da mulher e Imagem Propagada pela Mídia.
O evento acontece neste sábado, dia 7 de março, a partir das 18h no Canto de Tudo do Departamento de Ciências Humanas da UNEB. A discussão será mediada por professores e estudantes.
A proposta é que esse debate seja reforçado ao longo da semana, por meio de faixas, cartazes e varais de poesia relacionados à temática, os quais serão espalhados pelo Departamento, traçando, então, um elo entre o Dia Internacional da Mulher e o Dia da Poesia.
Nesse sentido, essa proposta não é de apenas cortejar as mulheres que fizeram da sua existência o lastro de um ideal, embora saibamos que as figuras de Simone Beauvoir, Olga Benário, Anita Garibaldi, Cora Coralina, Maria da Penha, Dorothy Stang e tantas outras devam sempre ser lembradas.
"A sorte comum das mulheres nos tanques. Das que jamais verão seu nome impresso e, no entanto sustentam os pilares do mundo, porque mesmo viúvas dignas não recusam casamento. Antes acham sexo agradável. Condição para a normal alegria de amarrar uma tira no cabelo e varrer a casa de manhã". Esse trecho do poema "Dolores", de Adélia Prado, pode trazer-nos várias provocações.
Apareçam!
Por Elka Macedo
Nenhum comentário:
Postar um comentário