sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Hipocrisia Cotidiana

“Quero chorar/ não tenho lágrimas/ que me rolem na face/ para me socorrerem (ou seria socorrer?)”. Como Mário Prata na sua crônica “é preciso aprender a chorar” também refuto o verso do escritor pernambucano Antonio Maria.

Este trecho traduz a angústia que sinto nesse momento ao recordar alguns fatos que permeiam o cotidiano da nossa sociedade e que são sempre pautados nos diversos meios de comunicação de massa. Refiro-me àquelas tragédias, àqueles crimes, ou melhor, a essa violência que consegue sensibilizar as pessoas, até que seja veiculado o placar de jogo do brasileirão, ou então, passe a propaganda do novo Renalt Clio.

Vendo por esse ângulo parece que o jingle “apaixonado por carro como todo brasileiro” ou o orgulho em chamar o Brasil de “país do futebol” se intensificam tanto, que as diversas crises sociais (não me refiro à crise imobiliária que afetou a economia mundial) como a miséria; que não só existe na África como é comumente pregado nas mídias, e os conflitos bélicos; que não se resumem apenas à guerra no Oriente Médio, mas também às trocas de tiros entre policiais e traficantes que são realidades nas favelas dos conglomerados metropolitanos.

Ai está a crua realidade que muitas vezes é esquecida pela mídia, nós vivemos o caos da desigualdade social, do preconceito e da opressão, mas é muito mais fácil atribuir esses problemas a países distantes, para nos dar a pseudo-impressão de que mantemos uma distância surreal desses fatos.

E é cômodo pensar assim, porque a solução dessas questões pode ser atribuída à ONU e assim, a engrenagem continua a funcionar perfeitamente. Afinal, é mais simples fechar os olhos e fingir que nada está acontecendo do que encarar o fato de que “o rico cada vez fica mais rico, e o pobre cada vez fica mais pobre” e que por traz disso vem outra série de questões referentes ao fortalecimento do poder das minorias burguesas.

O certo é que “desde que o mundo é mundo” a aristocracia sempre se portou como a dona do pedaço e as maiorias (plebe, povo) sempre permaneceram silenciosas. Mas, sabemos que quando o povo se junta por um ideal ninguém segura, um exemplo foi a revolução das Diretas Já que no inicio da década de 90, provocou o impeachment do, então Presidente da República, Fernando Collor de Melo.

Desse modo, frases como “o povo unido jamais será vencido” e “a união faz a força” são claramente ratificadas. Não quero ser demagógica, mas penso que aquele papo de “cada um faz a sua parte” se não surte efeito, pelo menos incita nas pessoas o desejo de fazer mudança e de tentar amenizar essa delicada situação.

Por Elka Macedo

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Quando se perde a sombra


A humanidade saiu da cama em que estava com sua parceira(o). Pulou do estado explosivo e ofegante do prazer para o pós-orgia. Agora toda superprodução está a nossos pés, mas não sabemos o que fazer. E continuamos produzindo, ou melhor, reproduzindo.

Os terráqueos se tornaram máquinas reprodutoras. Reproduze-se política, sexo, forças produtivas, forças destrutivas, mulheres, crianças, inconscientes, arte. Vive-se na reprodução indefinida de ideais, de fantasmas, de imagens, de sonhos que há tempos ficaram para trás. Caminhamos no vácuo, porque parece, que até aqui, esgotaram-se todas as possibilidades de liberação. Já não há vanguarda artística, sexual nem política com uma possibilidade de crítica radical. Quer um exemplo prático? Antes da presidência, Lula representava a esperança revolucionaria desta nação. Prefiro não comentar o resultado. Mas e agora? Quem após o fim de seu mandato representa algo, no mínimo, exótico para este país?

Coisas continuam a funcionar ao passo que a idéia delas já desapareceu há muito. E o paradoxo é que elas funcionam melhor ainda. A produção mundial de automóveis, por exemplo. Hoje, não se produz carros para o seu destino – pessoas. A industrialização de veículos está destinada à venda. Não importa se o produto vai ser vendido ou não. O importante é reproduzir. Outro exemplo é o sexo. Alguém aí acredita que a essência do sexo ainda está viva? Eu almejo que sim. Os seres tecnológicos, as máquinas, os clones, as próteses, todos eles estão transformando os seres humanos em protozoários. A evolução(?) sucumbiu o conceito de sexo, de transa, de prazer, de desejo. Todas as tentativas atuais, entre as quais a pesquisa biológica de vanguarda, tende para o aperfeiçoamento do ser assexuado imortal em detrimento do sexuado mortal. Na época da liberação sexual, a palavra de ordem foi “o máximo de sexualidade com o mínimo de reprodução”. Atualmente, o sonho de uma sociedade clônica seria o inverso: o máximo de reprodução com o mínimo possível de sexo. E a AIDS parece ser uma das grandes ferramentas de manutenção desse novo sistema, instaurando a confusão elementar da epidemia.

O sexo não está mais no sexo, mas em toda parte. Assim como o político, que já não está no político, mas infectando todos os domínios. Cada área por assim dizer expande-se no seu mais alto nível e se generaliza, perde sua idéia, sua sombra. Quando tudo é político, nada mais é político, e a palavra já não tem sentido. Quando tudo é sexual, nada mais é sexual, e o sexo perde toda a determinação. Quando tudo é estético, nada mais é belo nem feio, e a própria arte desaparece.


Por Cecílio Bastos (Estudante do 7º período - C. Social)

terça-feira, 25 de novembro de 2008

De Costas Para o Sol

Impressionante como as pessoas vivem,
ignorantemente, de costas para o sol
e o que enxergam é somente
a sombra de seus vagos corpos sem luz.
De costas para o sol morre muita gente
sem nunca saber do bronze alegre
que poderia adquirir.
De costas para o sol
vive o infeliz,
o solitário,
o pessimista,
o neurótico-excêntrico sem Deus,
o psicopata agourento,
o inteligente perverso,
o arrogante auto-suficiente,
o especialista sem fé,
o acadêmico insatisfeito,
o amante hipócrita...
De costas para o sol vivem todos esses.
Tão humildemente o sol se dá
em raios solidários desprovidos de qualquer preconceito,
mais humanos que muitos corações
que de costas para o sol vivem.

Por: Jaquelyne de Almeida Costa (7° periodo/Jornalismo)

Calendário de Atividades – Movimento Estudantil da UNEB Campus III

25 de Novembro – 19h
Apresentação do Projeto "Escola Poli Esportiva na Universidade"
Sala 03 - DCH

27 de Novembro – 16h
Assembléia estudantil do Departamento
Canto de Tudo ou Canto de Todos (a confirmar)

28 de Novembro – 18h
Reunião de pauta do EUREKA

Em frente ao CACoS e DAP

01 de Dezembro – 18h
Discussão do Projeto de Assessoria à Movimentos Populares

DCH (local a definir)

06 de Dezembro
Conselho de Entidades Estudantis da UNEB – CEEU (Extraordinário)

Salvador/BA

08 de Dezembro
Abertura das Comemorações dos 48 anos da Faculdade de Agronomia

DTCS – UNEB Campus III
O D.A de Agronomia irá enviar programação completa

Nota

No último sábado (22) a estudante Quercia Oliveira (7º período) e o Arte-educador do NAEND'A, Elsom Campos, participaram do programa PM Comunidade - Programa da Polícia Militar na Rádio Juazeiro.
A convite da produção do programa, Quercia e Elson trouxeram a discussão das diversas temáticas que perpassam o preconceito contra negros e negras na sociedade brasileira.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Minha pele não tem cor

É costume pedirem para eu classificar minha pele em preto, branco, vermelho ou amarelo, mas ninguém entende que como o disco de Newton sou fruto da junção de todas essas cores. Não adianta perguntar, eu não sei qual pele visto, porque minha amarelada pele negra não consegue se separar da minha epiderme branco-avermelhada.

Mas se mesmo assim quiserem que eu busque em minhas características físicas, traços que me agrupem numa única etnia; provarei mais uma vez a impossibilidade desse feito, afinal segundo a química não é possível diferenciar os elementos que compõem uma mistura homogênea, logo, não poderei me enquadrar em um único grupo.

Talvez nem assim haja desistência, mas aí é só buscar um trunfo chamado árvore genealógica, quem sabe vendo a miscigenação que é a minha família, desistam dessa vil classificação que sobrevive de marginalizar e enobrecer pessoas pelo seu fenótipo, sem levar em conta sua condição primeira de pessoa-cidadã.

E a quem interessa isso? Quem inventou a hierarquia das cores? Quem estipulou o valor comercial da pele? Acaso somos produtos que precisamos passar por um controle de qualidade ditado pelo (mal) humor do poder?

Porque se fazem milhares de conferências, seminários e congressos para discutir uma igualdade de discurso, e sempre se chega à conclusão de que o racismo ainda existe e de que o preconceito ainda persiste? E você já parou pra pensar o que está sendo feito pra mudar essa realidade?

Em que gaveta está guardado o livro que trata dos Direitos Humanos? Em que lixeira ficou jogada a ética? E a moral será que se perdeu em alguma turnê de conferências? Não há como não refletir sobre essas questões, todos nós temos um conceito pré-estabelecido, ou melhor, um preconceito sobre alguém ou alguma coisa, e você já se perguntou onde esconde o seu preconceito?

Sabe o que é mais preocupante? Costuma-se comemorar dias como o 13 de maio (“abolição da escravatura”) e o 20 de novembro (dia da consciência negra). Nas escolas de ensino fundamental fazem até concurso para escolher o negro mais bonito, mas se esquecem de refletir sobre o sofrimento e a luta desse povo que foi arrancado de sua pátria para servir à aristocracia de outra terra.

E como o Dia da Consciência Negra não movimenta o mercado consumidor, o máximo que a mídia traz é uma nota falando, que dos mais de cinco mil municípios do país, pouco mais de duzentos decretaram feriado nesse dia. É, parece que na hierarquia da nossa TV em cores, o BRANCO é a cor dominante.


Por Elka Macedo

Reunião do Movimento Estudantil do Campus

Só para lembrar as/aos companheir@s:

HOJE - reunião às 18h em frente ao CACoS e DAP (DCH III)

Pauta:

- Repasses do Conselho de Entidades Estudantis da UNEB (CEEU);
- Próxima edição do Eureka;
- Encaminhamento de propostas do Acampamento de Formação;
- Projeto para Residências Universítárias;
- Projeto de Esporte na Universidade;
- O que ocorrer.

Tod@s estudantes do Campus estão convidad@s!

Sem a discussão a prática se torna Assistencialista













Frei Beto, no texto "Os desafios do Movimento Social frente ao Neoliberalismo", destaca:
"O movimento popular deve enfrentar o desafio metodológico de partir do pessoal ao social, do local ao nacional, do subjetivo ao objetivo, do espiritual ao político e ideológico. Agora o trabalho de base só terá êxito se associar lazer e dever, criatividade artística e formação, estética e ética. (...) A questão é como introduzir práticas sociais que despertem uma consciência/experiências críticas frente ao sistema, de modo que a nova sociedade possa ir sendo forjada nas entranhas da atual, como a criança no ventre materno".
É com base nessa reflexão que boa parte das ações do Movimento Estudantil contemporâneo têm se concretizado. A construção das redes, a articulação com outros Movimentos que também levantam-se contra as injustiças sociais é também uma estratégia da luta em favor de uma sociedade mais justa, onde todas e todas tenham consciência de seu papel enquanto cidadãos e cidadãs.

O debate gerado a partir da exibição de vídeos que discutem a participação das pessoas negras na construção da sociedade brasileira e as diversas formas de opressões sofridas por estes nessa mesma sociedade, deixou brechas para muitas reflexões.
A imposição dos valores europeus (religião, costumes e tradições), a exploração da força do trabalho, associado ao papel que a historiografia e os meios de Comunicação desempenham na formação da opinião da população, foram alguns dos temas tratados no Canto de Tudo (UNEB - DCH III) na noite do dia 20.
Cordel, poesia, dança, filmes, fotos, música, ritmo, corpos, tambores, ideologias, interação de pessoas... Com a consciência de que não se trata de uma data festiva, de comemoração apenas, organizadores e participantes do evento cantaram e dançaram ao som do "Quidé Falaê" e "Alla Alayê", num momento de integração entre comunidade e universidade, prática que acredita-se ser essencial quando há comprometimento com a transformação da sociedade.

"Força e pudor
Liberdade ao povo do pelô (...)
Faz protesto
Manifestação
E lá vou eu... "

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Ala Alayê - Negro em Movimento

Ala Alayê! No nosso dialeto: Sonho vivo! Ala Alayê! Negro em Movimento.
Ala Alayê. Esse é o nome do bloco de percussão que está se estruturando no bairro Alto do Cruzeiro, em Juazeiro. Com o apoio do Núcleo de Arte-Educação Nego D'Água - NAENDA - crianças e adolescentes começam a esquentar os tambores e ecoar um ritmo, um embalo que traduz um desejo... Liberdade! Algo que esteve tão presente na noite desta quarta- feira naquele Alto, em frente ao Cruzeiro.
Essa tal liberdade estava nos olhos das crianças que, inquietas, davam sugestões na oficina de Teatro,nos meninos que meio tímidos tiravam o som do tambor, estava também na disposição das senhoras que participaram ativamente da oficina de dança Afro e no suor de todos e todas que dançavam ao som do Ala Alayê.
Essa vivência foi parte da programação da semana da Consciência Negra. E o CACoS e o NAENDA estavam juntos nessa discussão por acreditarem que o 20 de novembro, assim como pode ser só mais um dia no calendário de muita gente, é também um dia propício para fortalecer a discussão acerca de uma das opressões mais presentes na sociedade.






20 de novembro de 1695, data da morte de Zumbi dos Palmares. Zumbi significa "espírirto presente". Presença necessária nas lutas tantas enfrentadas por negros e negras que ainda sofrem consequências de leis da sexagenária, do ventre livre ou áurea; que ainda sofrem as consequências de uma tal colonização (invasão), que ainda têm de conviver com a indiferença e as piadas de mau gosto dos vícios de linguagens de uma sociedade que tem receio de "denegrir" a imagem, qua ainda afirma que "segunda-feira é dia de branco", que diz que a "a coisa tá preta" quando a situação é difícil, ou que diz está livre de preconceitos, mesmo quando a prática condena.
Para discutir essas tantas questões, na noite desta quinta (20), no Canto de Tudo (UNEB - DCH III), a partir das 18h, serão exibidos os curtas-metragens:
- "Vista minha pele" de Joel Zito Araújo e Dandara;
- "Quando o crioulo dança?" de Dilma Lóes
- "Estranho, não?", produzido pelo CACoS da PUC-Rio

Após o debate, haverá apresentações artístico-culturais coordenadas pelo NAENDA.
Além disso, a Exposição fotográfica "Feira de São Joaquim" e charges de Maurício Pestana podem ser apreciadas nos corredores do DCH.
É preciso também ir/estar Além dos Muros da Universidade!

Eh... o primeiro dia de aula, depois de tantos vestibulares, tantas horas num cursinho, tantas madrugadas em claro, tantos convites para festas recusados, e tantas outras coisas... Saio de casa deixando um lembrete: tchau mãe, tô indo pra faculdade. É bom dizer isto num país que 3% da população ocupa lugar nestas instituições e 70% são analfabetos funcionais, onde, dentre estes, boa parte se dedica a ocupações ilícitas para poder ostentar uma vida “digna”. Um curso superior pode ser só mais um passo, mas é um dos maiores.
Atravessando a cidade com minha bicicleta, sinto a claridade e o calor que o Sol nos oferta, vejo a cidade com outros olhos (com os olhos de que ama, acho que não), olhos de um guerreiro conseguindo chegar a algum lugar. “O Sol tá massa”, vou repetindo mentalmente enquanto faço o trajeto. “Que legal a porta do recinto está aberta mostrando suas cores”; verdadeiramente: a universidade é um lugar mágico. Dentro dela habita povos antigos que passam seus ritos para os mais novos guerreiros. O ritual de passagem começa com algo que parece violento: a pouca moeda de troca dos jovens guerreiros é levada, suas belas madeixas são arrancadas, seus rostos pintados em meio a gritos são postos pra fora de sua habitação, são expostos ao sol no pátio dos fundos onde, olhando para cima, ver-se a multidão que se espalha pelos andares do grande (ou quase) prédio. Outro ritual! Este pelo menos tem nome: é o Tchu-tchu. Intrigado, tento desvendar a sua simbologia: forma-se uma grande roda, dentro dela os novos guerreiros são postos, com vários pulos para cima e a canção que tem só uma palavra composta, tchu-tchu, ecoa; segundo os mais antigos destes povos esta música foi repassada por seres vindos do além-céu que fizeram a mesma dança, mostrando como os povos daqui deveriam fazer para dar as boas vindas e considerar os novos guerreiros iguais de outra forma tão sagrada quanto era feito antes.
De repente, o velho trem aparece com um barulho estranho, meio que um ‘tchu-tchuá, tchu-tchuá, tchu-tchuá, tchá-tchá... um tanto desconfortável, mas foi boa a viagem. Demos a volta por todo o prédio, fomos em seu corpo administrativo, rodamos por léguas neste trem até desembocar na beira do rio, aqui os guerreiro já estavam se conhecendo. Já estavam soltos na buraqueira, como diz minha mãe, as “presepadas” já apareciam: Michael Jackson, o revoltado, vai brincando mais do que nunca. Já a fera-ferida ficara pelo caminho, mostrou força ao ser muito atuante nos debates ao longo da semana. A Parábola Mulher (PM) disse “daqui eu não saio, daqui ninguém me tira”, rsrs... agora tire! A Hello Kitty se senta no chão da beira do rio, limpando-o, pois estava sujo de terra, dizendo-se roots. Enquanto isso, o poeta... ah, o poeta e seu bigode jogam pimenta no molho que iria esquentar depois que meu pau... ops! MEUPAL (Movimento Estudantil Unificado Pro-Álcool) aparecesse. De repente percebo que o nome dos jovens guerreiros é Fera, terceira pessoa depois de ninguém.

Observação:
Nós Feras temos que passar por vários testes.
O primeiro: o professor é aluno ou é professor?
Segundo: achar graça ou não dos rituais sagrados?
Terceiro: suportar as humilhações e explorações, que não são tão humilhantes e exploradoras assim.
Quarto: comprar e ler todas as apostilas em tempo hábil!
Quinto: participar de todas as palestras, que foram ótimas.
Sexto: se apresentar e dizer suas expectativas em relação ao curso durante toda a semana.
Sétimo, e talvez o último: ter cautela com a cachaça, eu quem o diga. Por falar nisso, alguém viu minha bolsa?

Por Uianatan Alecrim - FERA

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Tornando-se parte integrante

Correria, stress (ou seria fadiga?), insegurança, cobrança, desabafo, gritos, choros, cansaço... O clima estava tenso, mas a galera do CACoS estava pronta para encarar o desafio.
Tem que preparar um oficio, e o patrocínio da barraca? Xiii, alguém tem que ir pro céu, ou melhor, pro CEEU (Conselho de Entidades Estudantis da UNEB), deu zebra com as passagens, e o som pra CAlourada? Alguém pode se manifestar???
Eis que os problemas não cessavam de chegar, e as emoções já estavam à flor da pele... Temos que fazer uma reunião, precisamos acertar uns detalhes.
Segunda-feira, os feras já chegaram (pontualmente às 14h, como já era de se esperar) e cadê a galera do trote? Tem que terminar o folder e o cartaz com a programação, Ops! A aula já começou... Se vira nos trinta galera, vida de militante não é fácil, tem que ter jogo de cintura (aliás aspirante à jornalista tem que saber disso!).
É isso mesmo, mas com a ajuda de alguns veteranos “militantes” e ex-feras foi possível fazer desse primeiro dia um sucesso. E com o auxílio destes estudantes a Semana de Integração tornou-se uma realidade.
Não se pode deixar de mencionar a brilhante presença dos facilitadores dos debates: Elaine Gonzaga, estudante da UFG e membro da ENECOS, Mª Elisabeth, professora de Comunicação do DCH, Raphael Leal, jornalista (formado na primeira turma do nosso curso), Inácio França, assessor da UNICEF e José Manuel, diretor de jornalismo da TV Grande Rio. Ah! Tem os representantes dos Diretórios e Centro Acadêmicos Rogério, Emilly e Karine.
Graças a eles foi viável a discussão sobre diversos temas, tais como: Regulamentação profissional, Estágio, Possibilidades da Atuação do Comunicador Social, Gênero e Diversidade Sexual e (é claro!) o Movimento Estudantil do Campus.
Além da grande participação nos debates e demais atividades, na CAlourada, pela primeira vez, os calouros foram atração e público ao mostrarem o potencial artístico. Desse modo, a palavra integração teve seu sentido explicitado, pois já não existiam feras, nem veteranos, mas sim um grupo de pessoas diferentes que se tornaram parte integrante de um mesmo mundo, onde o desejo de fazer a mudança é o que os torna iguais.


Por Elka Macedo

Semana de Integração 2008.2

Ficam as imagens... e as reflexões...



































Gincana de Integração; Exibição de vídeo: resultado de oficina de mídia alternativa no Acampamento de Formação Política durante as férias; Os feras comandando o som e a galera dançando... Último dia de programação da Semana de Integração do curso de Comunicação do DCH III - Semestre 2008.1.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Atuação do/da Comunicador/a Social instiga debate na última mesa da Semana de Integração

O último espaço de discussão da Semana de Integração teve início com a fala da Diretora do DCH III, Profª Aurilene Rodrigues que deu as boas vindas aos novos graduandos.



Mediada pelo Coordenador de Cultura do CACoS, Álvaro Luís, a mesa foi composta por Inácio França do Setor de Comunicação do UNICEF e José Emanuel, diretor de Jornalismo da TV Grande Rio, afiliada da Rede Globo. Após as falas dos dois convidados, as/os participantes fizeram questionamentos e observações acerca da atuação da mídia e da realidade da Comunicação no Brasil de uma forma geral.


Direito Humano à Comunicação


As provocações feitas pela platéia propiciaram discussões como TV Digital; cobertura dos Movimentos Sociais feita pela mídia local e nacional; a ausência das minorias sociais (negros e negras, homossexuais, etc) nos veículos de comunicação; o papel da/do jornalista na Assessoria de Imprensa, entre outras tantas reflexões destacadas, sobretudo a partir de exemplos já constatados, na região e no país.


Intervenções...




















quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Estágio: aprendizado ou sub-emprego?

Olhos curiosos, captando o maior número de informações. Concentração, ouvidos ligados. Esse era o clima do terceiro dia da Semana de Integração.

Na mesa, Elaine Gonzaga (estudante da UFG), Raphael Leal (jornalista formado na Uneb / Juazeiro) e Maria Elizabeth (profª do Curso de Comunicação Social do DCH III) iniciaram a discussão acerca da lei que trata do estágio no Brasil, a importância do estágio na formação do profissional e estágio em jornalismo, tanto em nível de Campus III, quanto em nível de Brasil.

Nas falas dos participantes da discussão percebeu-se a importância que todos dão ao estágio na universidade. Entretanto, Elaine Gonzaga adverte, “o que deve ser valorizado no estágio é o aprendizado, e não o valor financeiro”. Segundo ela o estágio deve ser visto como parte do curso. Assim, deve ser entendido como parte da formação acadêmica, mesmo quando se dá fora dos muros da universidade.

O debate sobre estágio rendeu muito. Tanto que não houve tempo para tecer a discussão sobre regulamentação da profissão de jornalista, um tema polêmico que ainda necessita de reflexão.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Movimento Estudantil é pauta na Semana de Integração

A programação da Semana de Integração do curso de Comunicação Social - Jornalismo em Multimeios do DCH III - UNEB teve início ontem trazendo à roda a discussão sobre Movimento estudantil.

No "Canto de Tudo" calour@s do curso de Comunicação e demais estudantes do Campus assistiram a uma apresentação teatral do Grupo de Teatro Universitário que está em processo de formação. Em seguida, Emile Suene (D.A de Pedagogia), Karine Pereira (C.A de Comunicação) e Rogério Borges (D.A de Agronomia) facilitaram o debate de Movimento Estudantil.

Após as discussões foi lançado o "Eureka" - Informativo mensal do Movimento Estudantil da UNEB - Campus III e logo após o estudante de Comunicação Danilo Ribeiro ficou responsável pelo "forró de violão" do intervalo cultural.

Para encerrar as atividades desse primeiro dia, Elaine Gonzaga, estudante de Comunicação da Universidade Federal de Goiás e integrante do Grupo Colcha de Retalhos: a UFG saindo do armário, facilitou a discussão sobre Gênero e Sexualidade.

Programação de hoje:

Mesa: Estágio e Regulamentação Profissional
- Elaine Gonzaga (Estudante de Comunicação da Universidade Federal de Goiás): Estágio no curso de Comunicação e a Regulamentação da profissão de jornalista.
- Maria Elisabeth (profª do curso de Comunicação Social - DCH): Estágio extracurricular no curso de Jornalimso em Multimeios/DCH UNEB.
- Rafael Leal (Jornalista em multimeios) : Contribuições do estágio extracurricular na formação da/do jornalista em Multimeios
Hora: 16h
Local: Canto de Tudo

Registros...


Exposição fotográfica
Movimento Estudantil de Comunicação
" O intelectual deve optar entre o compromisso com os explorados ou com os exploradores" (Florestan Fernandes)



Abertura: Boas vindas do Colegiado e Apresentação de Teatro.

Da esquerda pra direita: Rogério, Karine, Enile e Elka (mediadora)
Veteranos falam...
Feras também...


Roda de Discussão: Gênero e Diversidade Sexual












Lançamento da exposição fotográfica "Um olhar sobre o cotidiano da Feira de São Joaquim, Salvador-BA".

Mais do que o congelar de um momento, a arte de fotografar é imbuído de escolhas condicionadas pela subjetividade de quem faz "clic". Neste ato, podemos registrar fragmentos de fazeres, saberes e tradições de um povo, suas culturas matéria e imaterial.

A feira-livre, dinâmica por natureza, é um dos espaços onde as culturas populares se expressam com magnitude e fluidez sígnica. Neste aspecto, os produtos e mercadorias comercializadas são de extrema importância para construção identitária da feira.

A de São Joaquim, localizada na área portuária da cidade de Salvador-Ba tem, como peculiaridade, a comercialização majoritária de artigos para práticas religiosas afro-brasileiras.

Sobre estes aspectos, os estudantes da UPE e da UNEB, Antônio Carvalho Jr. e Quercia Oliveira, lançaram o olhar historiográfico e jornalístico, o que resultou na exposição fotográfica Um olhar sobre o cotidiano da Feira de São Joaquim, Salvador-BA.

A exposição, que estará nos dias 15 e 16 de novembro no 4º Encontro Pernambucano dos Estudantes de História (EPEH), em Olinda e, entre os dias 18 e 23, na UNEB, fazendo parte da semana sobre a consciência negra da instituição, será inaugurada nesta quarta-feira, dia 12/11/2008, na 8ª Semana Universitária da UPE – Petrolina, onde ficará exposta até o dia 14.

Composta por 14 fotografias em A3, a exposição conta, ainda, com mostra de músicas relacionadas aos cultos afro-brasileiros e ornamentação que faz referência aos 'trabalhos' e 'despacho' destes cultos.

Aberta a toda comunidade, a exposição pode ser visitada no corredor do curso de História da UPE – Petrolina, a partir das 18h na quarta-feira e das 15:30h às 21:30h, na quinta e sexta-feira.

Outras informações com:

Antônio Carvalho (74) 8815 0755
Quercia Oliveira (74) 88033369
Colaboração: Texto - Quercia Oliveira

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Semana de Integração d@s Estudantes de Comunicação Social - Jornalismo em Multimeios UNEB/DCH III


A Semana de Integração que é realizada, geralmente, na primeira semana de aula está sendo organizada pelo Centro Acadêmico de Comunicação Social - CACoS e Colegiado de Comunicação Social.
O objetivo é recepcionar as/os estudantes novos e promover a integração entre as velhas e nova turma. As atividades vão acontecer entre os dias 10 e 14 (de segunda a sexta) a partir das 16h, antes desse horário haverá aula para todas as turmas.
De acordo com a coordenadora do CACoS, Érica Daiane, a proposta de programação pensada pelo C.A parte da necessidade de envolver tod@s estudantes nas atividades. "É indispensável a participação de todo mundo na semana de integração, que foi pensada não apenas para os calouros, mas para integrar as turmas, e até mesmo os cursos do campus".
Algumas atividades contarão também com a participação de estudantes dos cursos de Agronomia e Pedagogia "isso porque estamos nos organizando para fortalecer o Movimento Estudantil do Campus e consideramos que as semanas de integração dos cursos é também um espaço para isso", relatou Érica.
Na sexta-feira (14), haverá a II C.Alourada que terá início com a exibição de um curta-metragem produzido na oficina de Mídia Alternativa durante o I Acampamento de Formação Política d@s Estudantes da UNEB - Campus III. Em seguida haverá a participação de alguns músicos da região e o palco ficará também a disposição de quem quiser fazer outras apresentações artísticas.
A partir de terça, haverá exposição fotográfica apresentando a atuação de estudantes de Juazeiro no Movimento Estudantil de Comunicação (MECom), bem como em outros Movimentos Sociais. A comunidade acadêmica irá conhecer um pouco sobre atividades realizadas pelo MECom em Juazeiro e em outros lugares do país.

Se envolva nessa construção!

SEGUNDA (Dia 10)
- Apresentação da Universidade aos calour@s feita pela turma do 3º período;
TERÇA (Dia 11)
- 16 h: Apresentação de Teatro (Grupo de Teatro Universitário)
- Debate sobre Movimento Estudantil (Facilitadores: Renato (D.A de Pedagogia); Rogério (D.A de Agronomia); Karine (C.A de Comunicação)
- 18h: Lançamento do “Eureka”
- Intervalo Cultural: Voz e violão (Will e Adriano)
- 19 h: Roda de discussão: Gênero e Diversidade Sexual (mediadora: Elaine Gonzaga - Grupo Colcha de Retalhos: a UFG saindo do armário)
Local: Canto de Tudo
QUARTA (Dia 12)
16h: Mesa Estágio e Regulamentação Profissional
- Elaine Gonzaga (Estudante de Comunicação da Universidade Federal de Goiás): Estágio no curso de Comunicação e a Regulamentação da profissão de jornalista.
- Maria Elisabeth (profª do curso de Comunicação Social - DCH): Estágio extracurricular no curso de Jornalimso em Multimeios/DCH UNEB.
- Rafael Leal (Jornalista em multimeios) : Contribuições do estágio extracurricular na formação da/do jornalista em Multimeios
Local: Canto de Tudo
QUINTA (Dia 13)
16h: Mesa: Possibilidades de atuação da/do Comunicador/a Social
- Inácio França: Setor de Comunicação do UNICEF
- José Manuel: Diretor de Jornalismo da TV Grande Rio
Local: Auditório da UNEB (DTCS)
SEXTA (Dia 14)
16h: Gincana de Integração
18h: C.Alourada: Exibição de vídeo produzido na oficina de Mídia Alternativa durante o I Acampamento de Formação Política das/dos estudantes da UNEB; apresentações artístico-culturais;
Local: Canto de Tudo (filme)/ Estacionamento do DCH (apresentações)

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Juazeiro e Petrolina: Uma semana de "cinema itinerante"


De 01 a 08 de novembro, espaços como o Centro de Cultura João Gilberto, a Universidade do Estado da Bahia - UNEB, em Juazeiro, e o SESC, SEST/SENAT, em Petrolina, estão sediando o Festival Nacional de Curtas-Metragens do Vale do São Francisco.

O Vale Curtas promove mostras competitivas e paralelas, além de dabates com produtores da linguagem audiovisual em nível local e nacional.

Nesta quarta-feira (05), na modalidade Seleção Local, serão exibidos alguns vídeos produzidos por estudantes do Curso de Comunicação Social - Jornalismo em Multimeios - da UNEB. As produções serão exibidas no Centro de Cultura João Gilberto, a partir das 20h. "Sábado Feira", "Eu, Etiqueta, Eu outdoor", "Sobrevivência" e "Rótulo", produzidos por estudantes da disciplina Laboratório de Vídeo-Arte, serão alguns dos vídeo-documentários apresentados. Além desses, "Crise", "Sobre Loucura e Liberdade", "Filósofo da beira do rio e do mar apresentando a UNEB Juazeiro" e "Amor e Liberdade" de Cecílio Bastos, Luis Osete e Marcos Élder, respectivamente, também fazem parte da seleção de curtas-metragens locais.

Sexta-feira (07) o cineasta Roque Araújo vai participar da Mostra/Debate na UNEB, às 20h. O encerramento do Vale Curtas, edição 2008, vai acontecer na noite de sábado (08) no Centro de Cultura João Gilberto. Na programação, exibição de vídeos-clips, o lançamento do livro "Eu e meu ray-ban, uma viagem" de José Teles, premiação e show de Paulo Soares e a banda Terceira Cidade.

Mais detalhes da programação no site: www.valecurtas.com.br